A língua de sinais é uma língua completa, com estrutura gramatical própria, fonologia, sintaxe e semântica, diferente do português ou de outras línguas faladas. A evolução das línguas de sinais ocorreu de forma independente em diferentes países, com raízes históricas específicas. Por exemplo, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) tem influências da Língua de Sinais Francesa, trazida para o Brasil no século XIX. Reconhecida oficialmente em vários países, a língua de sinais tem se mostrado vital para a preservação cultural e para a comunicação da comunidade surda. Ao longo dos séculos, o uso e a aceitação das línguas de sinais evoluíram, passando de períodos de proibição, como no Congresso de Milão em 1880, a uma valorização moderna da língua de sinais como forma legítima de expressão.
A surdez envolve diferentes graus de perda auditiva, variando de leve a profunda, e pode ter origens genéticas, congênitas ou ocorrer ao longo da vida. Para pessoas surdas, a língua de sinais oferece um meio de comunicação natural e acessível, permitindo que compreendam e expressem ideias com fluência. A relação entre surdez e linguagem destaca o papel central da língua de sinais na vida das pessoas surdas. Ao contrário do que muitos pensam, a língua de sinais não é uma adaptação do português; é uma língua com gramática própria, adquirida naturalmente por crianças surdas expostas a ela. Para a comunidade surda, a língua de sinais representa não apenas um meio de comunicação, mas também uma identidade cultural. Esse aspecto é crucial para a inclusão, pois reconhece e valoriza a diversidade linguística, promovendo uma sociedade mais acessível e respeitosa em relação às diferenças.
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