O filme “E seu nome é Jonas”, de 1997, apesar
de ser um filme antigo, aborda uma temática bastante atual, no que diz respeito
ao Surdo e a Língua de Sinais. A
professora Francisca Cavalcante nos apresentou este filme no intuito de
fazermos refletir sobre a importância da Língua de Sinais como uma forma
fundamental de comunicação e expressão cultural para a comunidade surda. O
filme oferece uma representação significativa dos desafios enfrentados por
pessoas surdas em um mundo predominantemente ouvinte, evidenciando as barreiras
de comunicação e as dificuldades de inclusão social.
Os pais de Jonas o levam para o hospital devido
à sua surdez, que não era compreendida por eles na época. Influenciados pelo
diagnóstico errôneo dado por médicos que o rotularam como
"retardado", acreditavam que seu filho era deficiente intelectual.
Essa visão distorcida gerou estigmas, levando amigos, vizinhos e parentes a
acreditarem que Jonas era incapaz. A falta de compreensão sobre a surdez e a
comunicação efetiva fez com que as pessoas ao seu redor não reconhecessem as
capacidades de Jonas, reforçando preconceitos e discriminação. A mãe de Jonas,
ao ver uma família utilizando a Língua de Sinais para se comunicar, se
interessou e buscou aprender mais sobre essa linguagem. Com o auxílio de amigos
surdos, ela começou a ensinar Jonas, permitindo que ele finalmente se
comunicasse e expressasse suas necessidades.
A relação do pai com Jonas era complexa,
marcada por frustração e impotência devido à incapacidade de se comunicar com o
filho. O pai tentava inseri-lo em atividades sociais, mas a falta de
entendimento e de comunicação o levava a sentir vergonha, reforçando a visão de
que Jonas era "retardado". Porém, quando a mãe começou a aprender a
Língua de Sinais, a dinâmica familiar começou a mudar. Jonas conseguiu entender
os sinais e significados através da visualização e do contato direto com a
Língua de Sinais, o que trouxe uma nova perspectiva de comunicação e
socialização.
No que diz respeito às oportunidades na
sociedade, os surdos ainda enfrentam barreiras como preconceito e falta de
acessibilidade. No entanto, surdos adultos atuando como modelos para crianças
surdas são fundamentais. Esses modelos oferecem representatividade, mostrando
que ser surdo não impede o sucesso em várias áreas, inspirando as crianças a
acreditarem em seu potencial. Além disso, eles proporcionam um ambiente de
aprendizado onde as crianças podem se identificar e aprender sobre a cultura
surda, fortalecendo sua autoestima.
O filme também destaca as vantagens e
desvantagens na educação dos surdos. As vantagens incluem o aprendizado da
Língua de Sinais, que melhora a comunicação e interação social de Jonas, e o
desenvolvimento de sua identidade surda ao se conectar com outros surdos. No
entanto, as desvantagens incluem a imposição de métodos orais, que
inicialmente limitaram a capacidade de Jonas de se comunicar, a falta de
profissionais qualificados para lidar com a surdez e o preconceito da
sociedade, que dificultou a aceitação de Jonas como um indivíduo capaz. Esses
elementos evidenciam a necessidade de uma educação inclusiva e informada, que
valorize a cultura surda e promova oportunidades equitativas para todos.
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